Tenho uma dor que não me cabe no peito
Um vazio que me consome a alma
É o meu estado ...
Vivo numa letargia sem fim,
Durmo e acordo sem rumo,
Sem caminho, sem direcção corro os dias.
É uma tristeza que me vai na alma,
Que os olhos escondem com um sorriso.
É o estar fisicamente apresentada,
Tentando parecer o mais bonito, o mais confiante,
Mas por dentro sinto que vivo num deserto
Sem um oásis a vista, porque não me sinto assim só por hoje,
Mas porque sei que o meu amanhã não será mais claro.
Quero ter forças e me agarrar a Deus, entregar nele minha vida meu caminho,
Mas até aí me sinto fraquejar.
Parece que Deus se esqueceu de mim.
Sinto-me mal por dizer isto, porque não tenho falta de comida, roupa, casa, carro ...
tenho alguns bem muitos superfúlos e excessivos
Não preciso de tanto ... mas não passam de bens materiais.
Não tenho alimento para a alma
E esta está praticamente morta.
Minha alma está praticamente sem vida,
Sobrevive diariamente, não sei bem porquê.
O desalento, a tristeza , a angústia são os meus companheiros
Deito-me e quero esquecer ... acordo cada dia a fingir que tenho vida.
Na vida que digo ter ... chego e mais uma vez encontro o vazio.
Neste momento não há nada nem ninguém na minha vida que me preencha
E a minha pergunta é ... porque vivo eu?
Não é de hoje este vazio, e parece não ter fim ...
A minha esperança não foi a última a morrer, já a enterrei.
Caminho sozinha ... desamparada e meu Deus
Por mais que me tente virar para ti há momentos que sinto que não me ouves,
Há momento que vejo que nem mereço que me vejas.
Prefiro que olhes para quem realmente precise de ti
Mas prefiro te pedir que me tires daqui, porque
Sou infeliz...